Quarta-feira, 13.07.11

Relações Públicas: Termos proibidos.

 

 

 

A bloguer e especialista em conselho em PR Caroline Gilmou, escreveu um artigo para o PR Daily sobre o uso de clichês, que devem ser evitados pelos profissionais do sector. Entre os mesmos constam as palavras "chave" (quando utilizada para afirmar algo importante), "no cenário económico actual" (e variantes), "inovação", "estratégico" e "solução", entre outros. Merece uma leitura atenta.

publicado por João Gomes de Almeida às 15:37 | link do post | comentar

Serviço público

 

É verdade, o PiaR After Work ruma novamente a sul e desta vez vai ser em Belém, já no próximo dia 29. Desta vez, o Rodrigo Saraiva promete prolongamento para jantar - vamos lá ver no que isto vai dar. Lá estarei. Mais informações aqui no poleiro.

publicado por João Gomes de Almeida às 14:23 | link do post | comentar
Quinta-feira, 05.05.11

Tornei-me facilitista

 

Procura-se Relações Públicas para discoteca no Montijo, procuram-se promotores para trabalhos de Relações Públicas em centro comercial, ou procura-se Relações Públicas comissionista para equipa comercial (gosto especialmente desta). Basta dar uma vista de olhos às secções de emprego dos jornais, para percebermos que a maioria das empresas não fazem ideia do que são as Relações Públicas.

 

Trabalhar em RP é para a maioria das pessoas (e para a "imprensa" cor-de-rosa em especial) andar de festa em festa em busca do melhor canapé e sumo de laranja em pó. De quem é a culpa? Da comunicação social, das agências, dos profissionais da área? Sinceramente, não faço a mínima ideia.

 

Daqui em diante, vou retaliar. Vou chamar os contabilistas de bombeiros, os professores de padeiros, os padeiros de economistas e os árbitros de ladrões (ups, estes já chamo de vez em quando). Começo a pensar que esta é a melhor estratégia, ou pelo menos a menos trabalhosa. 

publicado por João Gomes de Almeida às 18:47 | link do post | comentar
Quarta-feira, 23.03.11

A publicidade nos órgãos de comunicação social web. Um novo paradigma urge.

 

Vendem-se menos jornais e há cada vez mais gente a consumir informação. A diferença é que o cliente dos jornais actualmente opta por os consumir na internet, muitas vezes fazendo uma selecção das notícias que lhe interessa através das timelines das suas redes sociais. Até aqui tudo bem, não fosse o facto do leitor ter sido habituado a ter acesso gratuito à informação, facto que não acontecia quando havia uma hegemonia das edições impressas.

Não existindo um verdadeiro mercado publicitário na web informativa portuguesa, entrámos num ciclo vicioso: os jornais vendem menos na edição impressa, como tal, são obrigados a ceder informação gratuita na web, a publicidade por si só não cobre este investimento e para mal dos pecados dos publishers, o investimento na webmobile tem que ser cada vez maior, de forma a conseguirem levar a informação aos smartphones e tablets dos seus leitores. Tudo isto, ainda por cima num cenário de crise, torna-se completamente insustentável.

E o que é que os jornais portugueses têm feito para contornar este cenário? Enchem os sites de publicidade mal conseguida, com imensa poluição visual e que provoca entraves à navegação (ver nova publicidade da Gillete no Público on-line), desinvestindo no jornalismo de qualidade, retirando bons profissionais das suas redacções e substituindo-os por estagiários baratos, com pouca experiência e manifestamente mal preparados. Estas más políticas têm afastado os leitores dos seus jornais.

O que podem os jornais fazer para contrariarem este cenário? Inevitavelmente terão que educar os seus leitores  para uma nova realidade, onde o conteúdo jornalístico de qualidade, bem escrito, sério e com recurso a fontes credíveis terá que ser pago pelo leitor, mesmo quando seja disponibilizado na web. Nesta nova realidade, as agências de meios e publicidade também terão que repensar a sua abordagem à publicidade nos websites de jornais, fazendo-o de uma forma mais clean e eficaz, dando primazia à gestão da marca, em detrimento da mera contabilidade de tráfego exportado do site do jornal para o site do seu cliente. Desta forma, os jornais, os leitores, as agências e os anunciantes sairão todos beneficiados. 

publicado por João Gomes de Almeida às 23:48 | link do post | comentar
Quinta-feira, 17.03.11

Relações Públicas com bandeiras e a Comunicação Política

 

O PEC IV foi anunciado por José Sócrates, sem se preocupar com a oposição, com o chefe de estado e mesmo com a opinião dos portugueses. Esta é uma leitura possível, mas altamente falível. O PEC IV foi anunciado por José Sócrates, com o objectivo de irritar a oposição, especialmente Pedro Passos Coelho. Em suma, José Sócrates decidiu ir a eleições e há-de ter os seus motivos para tal.

Não me cabe, no papel de consultor em relações públicas, emitir qualquer tipo de opinião sobre a legitimidade deste ou daquele governo. No entanto, estou convicto de que vamos ter eleições em breve. Neste sentido, quer-me parecer que muitas agências e consultores já andam e polvorosa. Quem irá trabalhar estas contas?

Mais interessante ainda, haverá lugar a um discurso de vitimização por parte do Partido Socialista? O candidato do PS será José Sócrates? Paulo Portas vai utilizar a mesma estratégia das últimas legislativas? José Manuel Coelho irá parar à Assembleia da República? PSD e CDS irão concorrer separados ou em coligação? O Bloco de Esquerda vai descer nas intenções de voto?

As estratégias de comunicação na política não são passíveis de serem feitas com recurso a oráculos e o tipo de discurso a utilizar deve ser medido em função do interlocutor, ou seja, o eleitor. Eleitor este cada vez mais desconfiado dos partidos e dos políticos. Nunca as Relações Públicas foram tão importantes na política, como nas eleições que parece que se advinham.

Estarão os meios de comunicação social preparados para as cobrir com total imparcialidade? Os jornalistas que Sócrates soube irritar irão dar-lhe cobertura? Os comentadores políticos que Miguel Relvas e Passos Coelho souberam posicionar estão preparados para esta batalha? A blogosfera continuará a tender para a direita?

Como diria Brecht, tantas perguntas e tão poucas respostas. Maravilhoso, este mundo da comunicação política.

publicado por João Gomes de Almeida às 19:59 | link do post | comentar

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